Revolução e Rock na Cidade

Em sua 24ª edição, o festival com dois dias de duração (31 de outubro e 1º de novembro), celebrou o encontro do rock candango com o rock nordestino. Mais uma vez a Ceilândia Sul foi palco de manifestações culturais através do rock´n roll. A Praça da Administração recebeu um total de 22 bandas em um final de semana prolongado em causa do feriado. Por isso foram dois dias de bate cabeça antes do feriado de finados.
Neste ano, foram apresentadas algumas bandas do cenário underground roqueiro nordestino para o Distrito Federal. Foram nove bandas, uma de cada estado. No sábado, os veteranos da Barba de Gato vieram de Alagoas mostrar um pouco do Rock'n'Roll produzido por eles, já Karne Krua, de Sergipe, mostrou seu Hardcore clássico, enquanto a Expose Your Hate, de Natal, onde toca o baixista e desenhista Cláudio Slayer, fez a alegria dos fanáticos por Death Metal. De Recife, os adeptos convictos do Metal da Morte, Decomposed God se apresentaram ao cair da noite, seguidos dos cearenses da Obskrue, que mostraram toda a força do Death Doom praticado pela banda há 20 anos. No domingo, Ceilândia abriu suas portas para receber os veteranos thrashers da Megahertz (PI), ao Death Metal tradicional da Unborn, ao Hardcore melódico dos paraibanos da Dead Nomads e ao Punk-Rock da Ulo Selvagem, que veio mostrar que a Bahia não é só axé e trio elétrico. O domingo ainda recebeu o bluseiro norte-americano J. J. Jackson.
Lógicamente as bandas candangas não ficaram de fora dessa grande festa. Foram convocadas: São Três (Pop Rock – Guará), Os Delatores (HC Punk – Ceilândia), Black Bulldog (Rock Pesado – Gama), Os Maltrapilhos (Punk-Rock – Ceilândia), Vitrine (Rock oitentista – Taguatinga), Totem (Rock Pesado – Brasília), Estamira (Metal Core – Brasília), Os Caras do Rock (Rock'n'Roll – Taguatinga), Coral de Espíritos (Death-Metal – Brasília), Into the Dust (Stoner Metal – Gama) e Flashover (Thrash – Taguatinga). A participação da Tekila Hell foi substituída pela Prisão Civil (Punk Rock – Taguatinga) por conta de problemas em sua formação. É bom lembrar que outra característica do FERROCK prevalece: o ecletismo que só o bom e velho Rock pode oferecer para o mundo da música. A festa teve como palco mais uma vez a Praça da Administração na Ceilândia, o ingresso cobrado (um quilo de alimento não perecível) foi doado para a campanha contra a fome.

Por Ricardo Diniz